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about

Letra e voz: João Tamura;
Produzido por Beiro;
Mix&Master: Beiro.

João Tamura: www.instagram.com/joaotamura/
Beiro: www.instagram.com/prod.beiro/

lyrics

De volta ao chão dos teus segredos:
o nosso ardor galopa em direção ao esquecimento.
Tu tentas que eu aprenda a tua calma enquanto bebo,
que eu decore a tua alma enquanto desço pelo teu ermo.
Cambaleando, crente, mas com sede em teu deserto.
Desaprendo como os dedos se entrelaçam entre o silêncio.
Teu âmago que é veneno, que eu devoro, logo adoeço.
Julgava em ti a cura para o mal do qual padeço…
Mas não e esqueço-o. Exibo a vida em excesso
em noites tão mais longas que o infinito do universo.
Vê como caio e falho e não menos vezes peco,
não nego ser inverso aquilo que tantas vezes prego.
No chão da tua arena onde não me rendo, onde eu regresso,
gladeio pelo espaço no qual guardo os nossos erros.
Obrigas-me à derrota - fracos ossos e eu cedo.
Mas tem cuidado: os teus colossos são de gesso.

Engole o meu sossego.
Queres comer meu tempo,
queres comer meu tempo.
À luz de um sol mais negro:
queres comer meu tempo,
meu conforto, meu sustento.
Banha-me em arrependimento.
Queres comer meu tempo
e tudo aquilo que vive dentro.
És as falácias do meu credo.
Queres comer meu tempo,
queres comer meu tempo.

Compra-me a qualquer preço,
na cama de um hotel de uma cidade da qual me esqueço,
nuns quantos copos nos quais vertes teus venenos.
Após uns quantos corpos pareces sempre menos.
E tão focada em tudo aquilo que nós parecemos.
Quais as tuas ânsias agora que nós perecemos?
Testar teus labirintos? Nos quais tropeço, cego.
Voares-me para Berlim para passar contigo invernos?
Em contrapartida: cubro de ouro um dos teus dedos,
viro escravo do teu ego e juro as horas a que chego.
Caminho entre o cimento. Não quero mais ser: Mar Adentro.
Tornaste-te um memento de um caminho tão cinzento.
Cada vez menos escrevo. Vivo um poema grego:
o que é não servir para ti mas permanecer teu servo?
Termina com o meu vício e com tudo aquilo que vive dentro.
E que eu descanse no Elísio - já não é teu meu tempo.

Engole o meu sossego.
Queres comer meu tempo,
queres comer meu tempo.
À luz de um sol mais negro:
queres comer meu tempo,
meu conforto, meu sustento.
Banha-me em arrependimento.
Queres comer meu tempo
e tudo aquilo que vive dentro.
És as falácias do meu credo.
Queres comer meu tempo,
queres comer meu tempo.

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from Ossos de Prata, released April 15, 2021

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João Tamura Lisbon, Portugal

João Tamura é músico, poeta e fotógrafo. Nascido em Lisboa, nos anos 90, começou a fazer música cedo, aos 14 anos. Música, essa, que dá vida e roupagem aos poemas que escreve.

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