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d e s e r t o s

by João Tamura

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about

d e s e r t o s

(ou desertos)

vídeo: www.youtube.com/watch?v=MmR1gIrqVcg

com Miguel Cruz: www.facebook.com/miguelcruzmusic

e Rebeca Reinaldo: www.facebook.com/rebecareinaldoofficial

escrito e gravado entre Lisboa e Coimbra.

misturado e masterizado por Haze: www.facebook.com/suparappahaze

as falas presentes na canção são de George Steiner, em O Belo e a Consolação.

musa: instagram.com/marianalokelani/

fotografia: www.flickr.com/photos/joaotamura

casa: oelefantevagabundo.tumblr.com

bandcamp: eueumaraparigaqueconheci.bandcamp.com

facebook: www.facebook.com/joaotamura540

instagram: instagram.com/joaotamura

lyrics

sem corpo...
fumas todo o calor do teu corpo e do meu.
sem corpo...
como se não houvesse amor.
numa pele sem pudor,
sem esquecer que eu estou
sem corpo...

volta a tempo de morrer... ou não, tu é que sabes.
sempre quis saber o que corre dentro dos teus braços.
esqueceste-me entre os homems, entre cancros e ataques.
vandaliza a minha alma e o meu corpo por arrasto.
e estamos pelos cantos: fantasmas do teu quarto.
que a tua a cama guarda, que o teu corpo parte,
que a tua ânsia mata, que o teu lábio quer fumar,
que a tua mão aguarda mas que não sabe guardar.
e sem saber o que é falhar. nós temos pontes a queimar.
sabemos bem o que é chorar, nós tropeçamos nesses corpos que não nos sabem amar.
há carne a descobrir e esse coração de fel,
barcos não chegam a partir pois tu não queres.
paixões são tontas e são tantas... eu sei lá desses nomes.
as camas onde tu te deitas é o que o teu coração come.

sem corpo...
fumas todo o calor do teu corpo e do meu.
sem corpo...
fumas todo o calor do teu corpo e do meu.
sem corpo...
como se não houvesse amor.
numa pele sem pudor,
sem esquecer que eu estou
sem corpo...

que toda a dor seja o amor, que toda a falta seja a tua,
que todo o choro tenha sabor, que toda a alma seja a lua.
que toda a sala, que toda a casa seja a rua,
que todo o porto seja o corpo, que toda a pele seja nua.
dentro de um coração míope... incapacidade para lidar com tal assunto.
as nossas mãos moldam o mundo ao mesmo tempo que nos matam. mas que se foda, estamos juntos.
e tu caminhas pelo mundo com uma morte e um elefante ao teu pescoço.
e eu quero saber de cor as tuas rezas e os passos que tu dás em direção sempre ao meu corpo.
em prol do meu sufoco eu aceito as tuas guerras,
e as tuas pedras que nos vão cobrindo as poucos.
e até ficarmos roucos nós gritamos pela noite,
e dançamos esquecemo-nos um do outro

sem corpo...
fumas todo o calor do teu corpo e do meu.
sem corpo...
fumas todo o calor do teu corpo e do meu.
sem corpo...
como se não houvesse amor.
numa pele sem pudor,
sem esquecer que eu estou
sem corpo...

credits

released June 18, 2015

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about

João Tamura Lisbon, Portugal

João Tamura é músico, poeta e fotógrafo. Nascido em Lisboa, nos anos 90, começou a fazer música cedo, aos 14 anos. Música, essa, que dá vida e roupagem aos poemas que escreve.

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