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Os P​á​ssaros (com Miguel Ropio)

from Singapura - Acto I by João Tamura

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about

escrito e interpretado por João Tamura e Miguel Ropio;
produzido por Sien;
guitarra: Miguel Ropio;
co-produção, gravação, mistura e masterização: L1NK @ Linkage Recording Facility.

quinta e final canção de Singapura - acto I.
editado por Discos Distopia - instagram.com/discosdistopia/

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instagram.com/joaotamura/
sptfy.com/joaotamura/
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lyrics

o meu pai nasceu numa ditadura,
quantos braços a seguram?
falsos passos que perduram, o tempo não tem cura,
as pedras não se calam nem as feras nos aturam.
a fome traz a merda; corre, cavalo de guerra.
como perdoar o mal quando o corpo tudo lembra?
posições temporárias de vidas tão precárias,
vítimas da máquina, quão sádica esta pátria?
nem as guerras nos separam,
as mesmas mãos que rezam, matam.
vingança quer sangue, nós e fotos de Ren Hang,
a correr atrás do belo como tantos.
na busca da rima pura que é escrita em Singapura,
as luas da vida dura são filhas da ditadura,
e nós filhos de minas, ruas, dos 90's que nos sangram,
de relações falhadas mas de pais que nos amam.
as flores e a falta delas,
as cores que nos são belas.
deste corpo leva a sorte, da janela nasce o norte,
Diómede Menor: a mais bela parte da morte.

porquê que o mundo é tão cru para mim?
porquê que o tempo é tão injusto assim?
estamos só à espera de morrer,
enquanto só queremos viver.

isto é um álbum para o eterno sobre a merda que vivemos,
sobre a terra onde morremos,
sobre o tempo que se arrasta no passar dos anos,
enquanto a pele se gasta e enterramos quem amamos.
os dias que contamos à espera do fim do mês...
isso é medo de morrer ou de viver de vez?
isto é um disco sobre o peito e sobre o seu declínio,
sem monopólios, promotoras, managers ou patrocínios.
gravado por amigos - só assim me faz sentido.
quão só foi o caminho?
e não são canções de amor, mas sobre o amor,
sobre os rasgos e os estragos que no corpo a dor
deixa para sempre - e nós choramos corpos mortos,
todos somos outros, todos temos cortes.
Na cidade dos Corvos, Cidade sem Nome,
em cena os finais todos que houve no meu corpo.

credits

from Singapura - Acto I, released October 2, 2019

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about

João Tamura Lisbon, Portugal

João Tamura é músico, poeta e fotógrafo. Nascido em Lisboa, nos anos 90, começou a fazer música cedo, aos 14 anos. Música, essa, que dá vida e roupagem aos poemas que escreve.

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