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about

escrito e interpretado por João Tamura;
produzido por txmmy;
guitarra: Vasco Completo;
co-produção, gravação, mistura e masterização: L1NK @ Linkage Recording Facility.

primeira canção de Singapura.
editado por Discos Distopia - instagram.com/discosdistopia

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sptfy.com/joaotamura/
joaotamura.bandcamp.com
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lyrics

isto é o plano para quem ama com duas bocas atadas,
ou os anos de quem vive com as mãos cheias de nada,
isto é auge da caçada, as curvas das palavras,
e nós com as armas que o peito carrega em vão.
singela solidão onde se escreve, onde se bebe
em demasia tudo aquilo que o corpo pede ao chão.
o que o eterno pode: uma foto ou mais um foco.
o corpo não é barro - a musa não se molda ao toque.
e escrever aquilo que importa: o pomo da discórdia.
há quem as drogas ou as notas tornem a vida vitória...
Deusa, as trevas voltam, ou teus lábios galopam,
os joelhos com que rezas são os teus Cavalos de Tróia.
e no fundo do mundo o fracasso é ver o que o cume nos faz,
há fumo, o meu rumo: o teu braço. no fundo nem sou nem metade.
o amor vem tarde... para nos salvar? quem sabe...
como dizer o teu nome se ele no corpo já não cabe?

e isto somos nós: meio humanos ou inteiros?
cada vez mais cansados destas odes por dinheiro.
isto é a morte pelo beijo, fama ou pela crença,
e vê que a solidão se adensa quando acaba a internet.
na espera que ela chegue com as poucas coisas belas,
que afogue o azul que tem o tamanho da sede.
e nós no meio do medo com canções que o dia trouxe,
(que) poetizam o dinheiro como se uma musa fosse.
quanto peso a mais no bolso? exaustos para ter mais,
incautos animais e a quanta maldade posso?
e nós feitos para ninguém. qual o porquê do homem
que vive para o que não tem? quanta solidão devora?
não morremos como os deuses morrem, mas sim sozinhos.
a quantas discussões sobre o que (nos) falta permitimos?
e nós a ser eternos, com poemas, gritos, Eros.
a arte arde menos do que a vida que nós temos.

credits

from Singapura - Acto I, released October 2, 2019

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about

João Tamura Lisbon, Portugal

João Tamura é músico, poeta e fotógrafo. Nascido em Lisboa, nos anos 90, começou a fazer música cedo, aos 14 anos. Música, essa, que dá vida e roupagem aos poemas que escreve.

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